O curso visa proporcionar a atualização dos profissionais formados e estudantes das técnicas radiológicas,
profissionais da área da saúde como fisioterapeutas, médicos ortopedistas e radiologistas que desejem
compreender como são realizados estas projeções, imagenologia, anatomia radiológica e suas indicações
clínicas. Também este curso serve como orientação para estudantes de educação física e professores desta área demonstrando a gravidade de tais patologias e as limitações que podem causar nos portadores.
O impacto femoroacetabular do tipo came
Para que o quadril tenha um movimento sem conflito, a cabeça femoral deve ser uma esfera perfeita com uma concavidade na transição cabeça-colo femoral, conforme visto nas figuras 8a e 9a. A causa do impacto predominantemente femoral pode ocorrer tanto por deformidade (idiopática ou adquirida) e/ou retroversão femoral.
As radiografias permitem uma avaliação morfológica do quadril, sendo fundamentais para a definição do diagnóstico e tratamento dos pacientes com IFA. Diferentes séries radiográficas são indicadas na literatura para avaliação inicial do quadril doloroso não-traumático em adultos jovens. As rotinas mais utilizadas na pesquisa de IFA incluem as incidências anteroposterior (AP) da bacia e laterais do quadril acometido.
É importante lembrar o conceito de síndrome do impacto femoroacetabular, no qual a interpretação radiológica é parte de um contexto de análise de sinais, sintomas e imagens. Por exemplo, uma pequena deformidade tipo came associada a retroversão femoral pode ser mais grave do que uma deformidade tipo came maior com anteversão femoral normal. A padronização na análise dos exames de imagem aumenta a precisão e a velocidade com que se realiza essa análise.